Na Roma antiga dava-se pão, vinho e circo para deixar o povo feliz e calmo. O populismo praticado no Brasil nos últimos anos preconiza o mesmo esquema. Na verdade mudou-se apenas os ingredientes: futebol, carnaval, cerveja e muitas (muitas e muitas)bolsas do governo para ajudar os necessitados e os pseudo-necessitados.
Ontem, 16/6/2013 muitos brasileiros que não gostam de tomar placebo (falsas pílulas de felicidade) foram para as ruas. Tirando alguns arruaceiros (que sempre aparecem nesses movimentos), a maioria que foi para as ruas porque alimenta o desejo que o Brasil se transforme em um país sério (e não a atual terra da fantasia).
O que anda errado com a nossa amada Terra ? Basta ter um pouco de estudo para se ter uma noção da monstruosidade do problema (pelo menos a ponta do iceberg):
- Falta investimento em infra-estrutura capaz de gerar mais empregos. A verdade é que estamos estagnados. O PIB nosso demonstra isso. Uma economia fictícia tem levado a um fantasma do passado :INFLAÇÃO que a cada dia cresce mais.
- Brutais níveis de corrupção. A verba de obras públicas passa por caminhos tortuosos e obscuros acabando por se perder só Deus sabe para quem.Cada obra no Brasil custa mais do que o dobro daquelas realizadas em países desenvolvidos.
- Impostos demasiados. O brasileiro trabalha 5 meses do ano para ter direito a saúde, educação e infra-estrutura que deixa muito (mas muito mesmo) a desejar.Paga-se muito para se ter muito pouco em troca.
- A burocracia emperra tudo. Leis que favorecem a impunidade tornam nosso pais um barco sem rumo. Discute-se muito e resolve-se quase nada. Toma-se por exemplo a questão do "MENSALÃO". Ninguém foi preso e pelo que parece ainda vai demorar muito para que algo aconteça. O nosso governo tem 39 ministérios ! Isso é um completo disparate. A ditadura no país acabou mas a ditadura do poder econômico permanece. O governo federal centraliza tudo é o dinheiro acaba sendo distribuído de forma equivocada.
- Visão simplicista de como resolver os problemas (entende-se: populismo). O modo de governar segue a seguinte linha : o ideal é que tudo se resolva da forma simples e sem se gastar muito. Um exemplo: o sistema de cotas para alunos chamados "desfavorecidos " entrarem nas faculdades. O certo é que o país desenvolva educação de qualidade para que absolutamente TODOS tenham direito igual de entrarem na universidade. Afinal a constituição diz que todos são iguais.
- A falta generalizada de cultura aliada a uma sociedade pobre em valores morais gera uma absoluta incapacidade de propor soluções realmente eficazes para um real desenvolvimento do povo brasileiro.
Fiquem com a Redação PREMIADA PELA UNESCO, elaborada por Clarice Zeitel Vianna Silva que termina a faculdade de Direito da UFRJ em Julho. Ela concorreu com 50000 estudantes universitários.Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu o prêmio sobre o tema: "COMO VENCER A POBREZA E A DESIGUALDADE
'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência...
Exagero de escassez...
Contraditórios?
Então aí está!
O novo nome do nosso país!
Não pode haver sinônimo melhor para Brasil
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância da inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada-e friamente sistematizada- de contradições.
Há que diga que "dos filhos deste solo és mãe gentil", mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está mais para madrasta vil.
A minha mãe não "tapa sol com a peneira."
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria me enganar, iludir.
Ela me daria um verdadeiro pacote que fosse efetivo na resolução do problema,e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra...
Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes(às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva;
as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta-tão confortavelmente situadas na pirâmide social-terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)...
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que
exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga?
E, finalmente, de que serve um homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.Sem egoísmo.
Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se:quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... ou como bicho?
Detalhe: ninguém ligado ao governo parabenizou a estudante pela brilhante redação.
Obs: Agradeço a Lídia Luongo pelo envio da carta da aluna por e-mail. Nada mais apropriado para o nosso atual momento.
Ela me daria um verdadeiro pacote que fosse efetivo na resolução do problema,e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra...
Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes(às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva;
as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta-tão confortavelmente situadas na pirâmide social-terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)...
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que
exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga?
E, finalmente, de que serve um homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.Sem egoísmo.
Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se:quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... ou como bicho?
Detalhe: ninguém ligado ao governo parabenizou a estudante pela brilhante redação.
Obs: Agradeço a Lídia Luongo pelo envio da carta da aluna por e-mail. Nada mais apropriado para o nosso atual momento.
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